domingo, 18 de novembro de 2007

8 - Budismo



Estamos acostumados em relacionar o Budismo com o Buda Gautama, que viveu na Índia por volta do ano de 550 AC, mas na realidade o Budismo Tibetano, considerado o Budismo esotérico, nos diz que existem 7 Budas dos quais 5 se manifestaram em corpo físico na Terra, até o presente, sendo que o Buda Gautama foi o último.

No sistema esotérico, os Dhyanis Buddhas (ou simplesmente Budas), velam sucessivamente sobre um determinado período da história humana, tanto encarnados quanto do plano espiritual.

Na realidade um Buddha é aquele que já alcançou o plano divino, alcançou a Iluminação, conquistando assim uma perfeição espiritual, não sem antes ter evoluído por todos os níveis de consciência, através das encarnações. Foi, um dia, um homem comum como qualquer outro.

“...Os Budas são aqueles que penetraram a Ignorância, alçando-se acima das sombras e miragens da vida pelo poder da ioga, dessa forma, estão de pé sobre o cima de uma montanha extremamente alta, acima das nuvens e das névoas que obscurecem o mundo dos homens, que preferem os vales aos montes...” LT – 6

O Budismo esotérico ensina que todas as coisas vivas, tanto subumanas como humanas, são Budas em potencial ou, no sentido gnóstico – Christos.

“A única diferença entre um Buda e um homem comum
é que um percebe que é um Buda e o outro não.”

Hui-neng - mestre Zen
Fonte LT - 9777

“Enquanto durar o céu, haverá seres sencientes a quem servir;
E para todos chegará a oportunidade de tal serviço.
Enquanto isso não ocorrer, eu exorto a cada um de vós
A ter uma única deliberação, a saber:
Atingir o budado para o bem de todas as coisas vivas.”
Milarepa – um mestre tibetano
em sua última exortação a seus discípulos.
Fonte LT - 198



O Budismo Tibetano havia se originado a mais de mil anos na fronteira entre Índia e Nepal, a partir das palavras do Asceta Gautama, um nobre de nascimento, a quem seus seguidores chamavam de Buda, "O Iluminado", e também de Sakyamuni, "pertencente à Clan Sakya" (provavelmente 563-480 A.C.)

Buda Gautama não deixou nenhuma obra escrita. Os seus ensinamentos transmitiram-se oralmente até à sua transcrição, quatro séculos depois, no Canon Pali.
Defendia que o ser está submetido ao samsara, o círculo dos nascimentos e das mortes, em movimento até que a ação (karma) não a detenha; entendendo por karma, o destino de um ser vivo condicionado pelos atos realizados nas suas vidas anteriores.
Seus ensinamentos continham as chamadas


"As Quatro Verdades Nobres" :

1. que o sofrimento (dukkha) era uma parte inevitável da vida; e são eles:
trauma de nascimento
doença
velhice
medo da aproximação da morte
ficar separados de quem amamos
ficar atado ao que odiamos

2. que o sofrimento se origina do desejo (tanha);

3. que a cura para o sofrimento é a remoção do desejo;

4. e que a superação do desejo, e consequentemente do sofrimento, se torna possível seguir o "Caminho das Oito Virtudes" ou

Caminho Óctuplo

1 - Compreensão correta - livre da superstição e desilusão, através da compreensão das Quatro Verdades Nobres.
2 - Pensamento correto - elevados e úteis para a inteligência humana
3 - Fala correta - gentil e verdadeira, que consiste em:
I. Não mentir
II. Não criticar os outros injustamente
III. Não usar linguagem grosseira
IV. Não comentar sobre a vida alheia
4 – Vida ou Ações corretas - pacíficas, honestas e puras, não trazendo injúria ou perigo para qualquer ser vivo, seguindo os "Cinco Preceitos"
I. Não matar
II. Não roubar
III. Não mentir
IV. Não ser desonesto
V. Não tomar drogas ou beber intoxicantes
5 - Meio de subsistência correto – ganhando o sustento próprio através de atividades e trabalho honestos .
6 - Esforço correto - em auto-treinamento e auto-controle, através da:
I. conquista dos pensamentos maléficos
II. esforço para se manter os bons pensamentos
7 - Comprometimento ou atenção correta - tendo uma mente ativa e alerta em direção à Verdade
8 - Concentração correta - em meditação profunda das realidades da vida, se tornando inteiramente consciente de todos os estados corporais, emocionais e mentais.

Quando o ser humano os aplica, alcança-se a via do meio. Esta, abre as portas a uma existência equilibrada. O objetivo final desta existência é o Nirvana – estado de libertação, maestria e completa tranqüilidade mental - , o qual se atinge após o esgotamento do karma e da perene cadeia das reencarnações.

Qualquer semelhança com a doutrina de Jesus não é mera coincidência – A Verdade é uma só e não conhece fronteiras geográficas, temporais e religiosas.






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