“...Ninguém no mundo conhece sua data verdadeira. Dizem que o original é mais antigo que a nossa Terra. Dizem inclusive, que era tão magnetizado que os’ iniciados’, ao tocá-lo com a mão, viam passar diante de seus olhos os acontecimentos descritos e, ao mesmo tempo, ouviam em sua língua os textos misteriosos, transmitidos pela força de impulsos rítmicos, na medida em que a respectiva língua possuía vocábulos adequados para a versão dos textos.[1]
Durante milênios, essa ciência oculta ficou guardada como “ultra-secreta” em cavernas[2], nas regiões montanhosas do Tibete, pois dizia-se que, em mãos de pessoas não iniciadas, os ensinamentos ocultos poderiam representar um perigo enorme. O texto original – que não se sabe se ainda existe em qualquer lugar – foi copiado literalmente por uma geração após a outra e complementado por novos relatos e conhecimentos dos iniciados.
O Livro de Dzyan teria sido composto além do Himalaia. Por vias desconhecidas, seus ensinamentos chegaram ao Japão, à Índia e à China; até em tradições sul-americanas foram encontrados vestígios de pensamentos e conceitos contidos nesse livro. Fraternidades secretas, refugiadas em paragens abandonadas das Montanhas Kun-lun, ou no fundo das gargantas do maciço rochoso do Altyn-tang, ambos situados na parte ocidental da China Vermelha, manteriam sob sua guarda enormes coleções de livros. Suas habitações seriam templos humildes; seus tesouros literários ficariam guardados em salões e galerias subterrâneas. Também o Livro de Dzyan teria sido guardado em um desses lugares. Os primeiros Santos Padres da Igreja fizeram tudo para subtrair esta ciência oculta da memória daqueles que dela privavam; no entanto, todos os esforços foram inúteis, pois os textos oralmente transmitidos passaram de geração em geração.
...Trechos do Livro de Dzyan, que se conservaram, ou melhor, chegaram a ser conhecidos, passam pelo mundo inteiro em milhares de textos vertidos para o sânscrito. Pelo que se sabe até agora, essa estranha ciência oculta encerraria o verbo primitivo, a fórmula da gênese e daria o relato dos milhões de anos que marcaram a evolução da humanidade.”
...Trechos do Livro de Dzyan, que se conservaram, ou melhor, chegaram a ser conhecidos, passam pelo mundo inteiro em milhares de textos vertidos para o sânscrito. Pelo que se sabe até agora, essa estranha ciência oculta encerraria o verbo primitivo, a fórmula da gênese e daria o relato dos milhões de anos que marcaram a evolução da humanidade.”
Erich von Däniken - De Volta às Estrelas – pg. 151/152
[1] Atualmente os computadores realizam operações semelhantes. - RC
[2] É comum escritos secretos serem escondidos em cavernas, túneis ou subterrâneos.
A EVOLUÇÃO CÓSMICA
NAS SETE ESTÂNCIAS DO LIVRO DE DZYAN -
ESTÂNCIA I
1. O Eterno Pai, envolto em suas Sempre Invisíveis Vestes, havia adormecido uma vez mais durante Sete Eternidades.
2. O Tempo não existia, porque dormia no Seio Infinito da Duração.
3. A Mente Universal não existia, porque não havia Ah-hi para contê-la.
4. Os Sete Caminhos da Felicidade não existiam. As Grandes Causas da Desgraça não existiam, porque não havia ninguém que- as produzisse e fosse por elas aprisionado.
5. Só as trevas enchiam o Todo Sem Limites, porque Pai, Mãe e Filho eram novamente Um, e o Filho ainda não havia despertado para a Nova Roda e a Peregrinação por ela.
6. Os Sete Senhores Sublimes e as Sete Verdades haviam cessado de ser; e o Universo, filho da Necessidade, estava mergulhado em Paranishpanna, para ser expirado por aquele que é e todavia não é. Nada existia.
7. As Causas da Existência haviam sido eliminadas; o Visível, que foi, e o Invisível, que é, repousavam no Eterno Não-Ser — o Único Ser.
8. A Forma Una de Existência, sem limites, infinita, sem causa, permanecia sozinha, em um Sono sem Sonhos; e a Vida pulsava inconsciente no Espaço Universal, em toda a extensão daquela Onipresença que o Olho Aberto de Dangma percebe.
9. Onde, porém, estava Dangma quando o Alaya do Universo se encontrava em Paramârtha, e a Grande Roda era Anupâdaka?
ESTÂNCIA II
1. ...Onde estavam os Construtores, os Filhos Resplandecentes da Aurora do Manvantara?...Nas Trevas Desconhecidas, em seu Ah-hi Paranishpanna. Os Produtores da Forma, tirada da Não-Forma, que é a Raiz do Mundo, Devamâtri e Svabhâvat, repousavam na felicidade do Não-Ser.
2. ...Onde estava o Silêncio? Onde os ouvidos para percebê-lo? Não; não havia Silêncio nem Som: nada, a não ser o Incessante Alento Eterno, para si mesmo ignoto.
3. A Hora ainda não havia soado; o Raio ainda não havia brilhado dentro do Germe; a Matripâdma ainda não entumecera.
4. Seu Coração ainda não se abrira para deixar penetrar o Raio Único e fazê-lo cair em seguida, como Três em Quatro, no Regaço de Mâyâ.
5. Os Sete não haviam ainda nascido do Tecido de Luz. O Pai-Mãe, Svabhâvat, era só Trevas; e Svabhâvat jazia nas Trevas.
6. Estes Dois são o Germe, e o Germe é Uno. O Universo ainda estava oculto no Pensamento Divino e no Divino Seio.
ESTÂNCIA III
1. ...A última Vibração da Sétima Eternidade palpita através do Infinito. A Mãe entumece e se expande de dentro para fora, como o Botão de Lótus.
2. A Vibração se propaga, e suas velozes Asas tocam o Universo inteiro e o Germe que mora nas Trevas; as Trevas que sopram sobre as adormecidas Águas da Vida.
3. As Trevas irradiam a Luz, e a Luz emite um Raio solitário sobre as Águas e dentro das Entranhas da Mãe. O Raio atravessa o Ovo Virgem; faz o Ovo Eterno estremecer, e desprende o Germe não Eterno, que se condensa no Ovo do Mundo.
4. Os Três caem nos Quatro. A Essência Radiante passa a ser Sete interiormente e Sete exteriormente. O Ovo Luminoso, que é Três em si mesmo, coagula-se e espalha os seus Coágulos brancos como o leite por toda a extensão das Profundezas da Mãe: a Raiz que cresce nos Abismos do Oceano da Vida.
5. A Raiz permanece, a Luz permanece, os Coágulos permanecem; e, não obstante, Oeaohoo é Uno.
6. A Raiz da Vida estava em cada Gota do Oceano da Imortalidade, e o Oceano era Luz Radiante, que era Fogo, Calor e Movimento. As Trevas se desvaneceram, e não existiram mais: sumiram-se em sua própria Essência, o Corpo de Fogo e Água, do Pai e da Mãe.
7. Vê, ó Lanu! o Radiante Filho dos Dois, a Glória refulgente e sem par: o Espaço Luminoso, Filho do Negro Espaço,, que surge das Profundezas das Grandes Águas Sombrias. É Oeaohoo, o mais Jovem, o***. Ele brilha como o Sol. É o Resplandecente Dragão Divino da Sabedoria. O Eka152 é Chatur, e Chatur toma para si Tri, e a união produz Sapta, no qual estão os Sete, que se tornam o Tridasha, as Hostes e as Multidões. Contempla-o levantando o Véu e desdobrando-o de Oriente a Ocidente. Ele oculta o Acima, e deixa ver o Abaixo como a Grande Ilusão. Assinala os lugares para os Resplandecentes, e converte o Acima num Oceano de Fogo sem praias, e o Uno Manifestado nas Grandes Águas.
152 Eka = Um, Chatur = Quatro, Tri = Três, Sapta = Sete. Tri x Dasha (dez) = Tridasha = três dezenas, ou uma hoste.
8. Onde estava o Germe, onde então se encontravam as Trevas? Onde está o Espírito da Chama que arde em tua Lâmpada, ó Lanu? O Germe é Aquilo, e Aquilo é a Luz, o Alvo e Refulgente Filho do Pai Obscuro e Oculto.
8. Onde estava o Germe, onde então se encontravam as Trevas? Onde está o Espírito da Chama que arde em tua Lâmpada, ó Lanu? O Germe é Aquilo, e Aquilo é a Luz, o Alvo e Refulgente Filho do Pai Obscuro e Oculto.
9. A Luz é a Chama Fria, e a Chama é o Fogo, e o Fogo produz o Calor, que dá a Água — a Água da Vida na Grande Mãe.
10. O Pai-Mãe urde uma Tela, cujo extremo superior está unido ao Espírito, Luz da Obscuridade Única, e o inferior à Matéria, sua Sombra. A Tela é o Universo, tecido com as Duas Substâncias combinadas em Uma, que é Svabhâvat.
11. A Tela se distende quando o Sopro do Fogo a envolve; e se contrai quando tocada pelo Sopro da Mãe. Então os Filhos se separam, dispersando-se, para voltar ao Seio de sua Mãe no fim do Grande Dia, tornando-se de novo uno com ela. Quando esfria, a Tela fica radiante. Seus Filhos se dilatam e se retraem dentro de Si mesmos e em seus Corações; elas abrangem o Infinito.
12. Então Svabhâvat envia Fohat para endurecer os Átomos. Cada qual é uma parte da Tela. Refletindo o "Senhor Existente por Si Mesmo" como um Espelho, cada um vem a ser, por sua vez, um Mundo.
ESTÂNCIA IV
1. ...Escutai, ó Filhos da Terra. Escutai os vossos Instrutores, os Filhos do Fogo.
Sabei: não há nem primeiro nem último; porque tudo é Um Número que procede do Não-Número.
2. Aprendei o que nós, que descendemos dos Sete Primeiros, nós, que nascemos da Chama Primitiva, temos aprendido de nossos Pais...
3. Do Resplendor da Luz — o Raio das Trevas Eternas — surgem no Espaço as Energias despertadas de novo; o Um do Ovo, o Seis e o Cinco. Depois o Três, o Um, o Quatro, o Um, o Cinco, o duplo Sete, a Soma Total. E estas são as Essências, as Chamas, os Construtores, os Números, os Arûpa, os Rûpa e a Força ou o Homem Divino, a Soma Total. E do Homem Divino, a Soma Total. E do Homem Divino emanaram as Formas, as Centelhas, os Animais Sagrados e os Mensageiros dos Sagrados Pais dentro do Santo Quatro.
4. Este foi o Exército da Voz, a Divina Mãe dos Sete. As Centelhas dos Sete são os súditos e os servidores do Primeiro, do Segundo, do Terceiro, do Quarto, do Quinto, do Sexto e do Sétimo dos Sete. Estas Centelhas são chamadas Esferas, Triângulos, Cubos, Linhas e Modeladores; porque deste modo se conserva o Eterno Nidâna — o Oi-Ha-Hou.
5. O Oi-Ha-Hou — as Trevas, o Sem Limites, ou o Não-Número, Âdi-Nidâna, Svabhâvat, .
I. O Âdi-Sanat, o Número; porque ele é Um.
II. A Voz da Palavra, Svabhâvat, os Números; porque ele é Um e Nove.
III. O "Quadrado sem Forma".
E estes Três, encerrados no , são o Quatro Sagrado; e os Dez são o Universo Arûpa. Depois vêm os Filhos, os Sete Combatentes, o Um, o Oitavo excluído, e seu Sopro, que é o Artífice da Luz.
6. ...Em seguida, os Segundos Sete, que são os Lipika, produzidos pelos Três. O Filho excluído é Um. Os "Filhos-Sóis" são inumeráveis.
ESTÂNCIA V
1. Os Sete Primordiais, os Sete Primeiros Sopros do Dragão de Sabedoria, produzem por sua vez o Torvelinho de Fogo com os seus Sagrados Sopros de Circulação giratória.
2. Dele fazem o Mensageiro de sua Vontade. O Dzyu converte-se em Fohat; o Filho veloz dos Filhos Divinos, cujos Filhos são os Lipika, leva mensagens circulares. Fohat é o Corcel, e o Pensamento, o Cavaleiro. Ele passa como um raio através de nuvens de fogo; dá Três, Cinco e Sete Passos através das Sete Regiões Superiores e das Sete Inferiores. Ergue a sua Voz para chamar as Centelhas inumeráveis e as reúne.
3. Ele é o seu condutor, o espírito que as guia. Ao iniciar a sua obra, separa as Centelhas do Reino Inferior, que se agitam e vibram de alegria em suas radiantes moradas, e com elas forma os Germes das Rodas. Colocando-as nas Seis Direções do Espaço, deixa uma no Centro: a Roda Central.
4. Fohat traça linhas espirais para unir a Sexta à Sétima — a Coroa. Um Exército dos Filhos
da Luz situa-se em cada um dos ângulos; os Lipika ficam na Roda Central. Dizem eles: "Isto é bom." O primeiro Mundo Divino está pronto; o Primeiro, o Segundo. Então o "Divino Arûpa" se reflete no Chhâyâ Loka, a Primeira Veste de Anupâdaka.
5. Fohat dá cinco passos, e constrói uma roda alada em cada um dos ângulos do quadrado para os Quatro Santos... e seus Exércitos.
6. Os Lipika circunscrevem o Triângulo, o Primeiro Um, o Cubo, o Segundo Um e o Pentágono dentro do Ovo. É o Anel chamado "Não Pássaras", para os que descem e sobem; para os que, durante o Kalpa, estão marchando para o Grande Dia "Sê Conosco"... Assim foram formados os Arûpa e os Rûpa: da Luz Única, Sete Luzes; de cada uma das Sete, sete vezes Sete Luzes. As Rodas velam pelo Anel...
ESTÂNCIA VI
1. Pelo poder da Mãe de Misericórdia e Conhecimento, Kwan-Yin — a Trina de Kwan-Shai-Yin, que mora em Kwan-Yin-Tien — Fohat, o Sopro de sua Progênie, o Filho dos Filhos, tendo feito sair das profundezas do Abismo inferior a Forma Ilusória de Sien-Tchan e os Sete Elementos.
2. O Veloz e Radiante Um produz os Sete Centros Laya, contra os quais ninguém prevalecerá até o Grande Dia "Sê Conosco"; e assenta o Universo sobre estes Eternos Fundamentos, rodeando Sien-Tchan com os Germes Elementais.
3. Dos Sete — primeiro Um manifestado, Seis ocultos, Dois manifestados, Cinco ocultos; Três manifestados, Quatro ocultos; Quatro produzidos, Três ocultos; Quatro e Um Tsan revelados, Dois e Meio ocultos; Seis para serem manifestados, Um deixado à parte. Por último, Sete Pequenas Rodas girando; uma dando nascimento à outra.
4. Ele as constrói à semelhança das Rodas mais antigas, colocando-as nos Centros Imperecíveis. Como as constrói Fohat? Ele junta a Poeira de Fogo. Forma Esferas de Fogo, corre através delas e em seu derredor, insuflando-lhes a vida; e em seguida as põe em movimento; umas nesta direção, outras naquela. Elas estão frias, ele as aquece. Estão secas, ele as umedece. Brilham, ele as ventila e refresca . Assim procede Fohat, de um a outro Crepúsculo, durante Sete Eternidades.
5. Na Quarta, os Filhos recebem ordem de criar suas Imagens. Um Terço recusa-se Dois Terços obedecem. A Maldição é proferida. Nascerão na Quarta; sofrerão e causarão sofrimento. É a Primeira Guerra.
6. As Rodas mais antigas giravam para baixo e para cima...
Os frutos da Mãe enchiam o Todo. Houve combates renhidos entre os Criadores e os Destruidores, e Combates renhidos pelo Espaço; aparecendo e reaparecendo a Semente continuamente.
7. Faze os teus cálculos, ó Lanu, se queres saber a idade exata da Pequena Roda. Seu Quarto Raio "é" nossa Mãe. Alcança o Quarto Fruto da Quarta Senda do Conhecimento que conduz ao Nirvana, e tu compreenderás, porque verás...
ESTÂNCIA VII
1. Observa o começo da Vida informe senciente. Primeiro, o Divino, o Um que procede do Espírito-Mãe; depois, o Espiritual; os Três provindos do Um, os Quatro do Um, e os Cinco de que procedem os Três, os Cinco e os Sete. São os Triplos e os Quádruplos em sentido descendente; os Filhos nascidos da Mente do Primeiro Senhor, os Sete Radiantes. São eles o mesmo que tu, eu, ele, ó Lanu, os que velam sobre ti e tua mãe, Bhumi.
2. O Raio Único multiplica os Raios menores. A Vida precede a Forma, e a Vida sobrevive ao último átomo. Através dos Raios inumeráveis, o Raio da Vida, o Um, semelhante ao Fio que passa através de muitas contas.
3. Quando o Um se converte em Dois, aparece o Triplo, e os Três são Um; é o nosso Fio, ó Lanu! o Coração do Homem-Planta, chamado Saptaparma.
4. É a Raiz que jamais perece; a Chama de Três Línguas e Quatro Mechas. As Mechas são as Centelhas que partem da Chama de Três Línguas projetada pelos Sete — dos quais é a Chama — Raios de Luz e Centelhas de uma Lua que se reflete nas Ondas moventes de todos os Rios da Terra.
5. A Centelha pende da Chama pelo mais tênue fio de Fohat. Ela viaja através dos Sete Mundos de Mâyâ. Detém-se no Primeiro, e é um Metal e uma Pedra; passa ao Segundo, e eis uma Planta; a Planta gira através de sete mutações, e vem a ser um Animal Sagrado. Dos atributos combinados de todos esses, forma-se Manu, o Pensador. Quem o forma? As Sete Vidas e a Vida Una. Quem o completa? O Quíntuplo Lha. E quem aperfeiçoa o último Corpo? O Peixe, o Pecado e Soma...
6. Desde o Primeiro Nascido, o Fio que une o Vigilante Silencioso à sua Sombra torna-se mais e mais forte e radiante a cada Mutação. A Luz do Sol da manhã se transformou no esplendor do meio-dia...
7. "Eis a tua Roda atual" — diz a Chama à Centelha. "Tu és eu mesma, minha imagem e minha sombra. Eu me revesti de ti, e tu és o Meu Vâham até o dia 'Sê Conosco', quando voltarás a ser eu mesma, e os outros tu mesma e eu." Então os Construtores, metidos em sua primeira Vestimenta, descem à radiante Terra, e reinam sobre os homens — que são eles mesmos...
(Assim termina o fragmento da narração arcaica, obscura, confusa, quase
incompreensível. Tentaremos agora iluminar essas trevas, para extrair o significado
dos aparentes absurdos. -
que consta do vol I da Doutrina Secreta de H.P.Blavastky
onde as explicações e comentários são o objeto do livro
Estâncias de Dzyan
ANTROPOGENESIS
ANTROPOGENESIS
Das Estâncias do Livro de Dzyan*
* São dadas somente quarenta e nove Slokas de algumas centenas. Nem todos os versos são traduzidos literalmente. Às vezes é usada uma perífrase para maior clareza e inteligibilidade onde uma tradução literal causaria inteligibilidade.
ESTÂNCIA I
1. O Lha que faz girar a quarta é subserviente ao Lha dos Sete, eles que giram conduzindo seus carros em torno de seu Senhor, o Olho Uno. Seu Sopro deu vida aos Sete; deu vida ao primeiro.
2. Disse a Terra: – "Senhor da Face Brilhante: minha casa está vazia. . . . envia teus filhos para povoar esta roda. Enviaste teus sete filhos para o Senhor da Sabedoria. Sete vezes te vê mais perto de si, sete vezes mais ele te sente. Tu proibiste teus servos, os pequenos anéis, de absorver tua luz e calor, de interceptar tua generosidade em sua passagem. Manda agora, à tua serva, o mesmo."
3. Disse o "Senhor da Face Brilhante": – "Enviarei a ti um fogo quando tua obra começar. Levanta tua voz aos outros Lokas; pede a teu pai, o Senhor do Lótus, para que te envie seus filhos. . . . Teu povo deverá estar sob o governo dos Pais. Teus homens serão mortais. Os homens do Senhor da Sabedoria, não os Filhos Lunares, são imortais. Cesse tuas lamentações. Tuas sete peles ainda estão em ti. . . . Não estás pronta. Teus homens não estão prontos."
4. Depois de uma grande convulsão, ela jogou fora suas três velhas peles e vestiu suas sete novas peles e permaneceu com a sua primeira.
ESTÂNCIA II
5. A roda girou por mais trinta crores**. Ela construiu os rupas: pedras moles que se solidificaram. O visível a partir do invisível, insetos e pequenas vidas. Ela os sacudia de suas costas cada vez que invadiam a mãe. . . . Depois de trinta cores ela mudou sua posição. Ela se deitou de costas; de lado . . . Ela não queria chamar nenhum filho do Céu, não queria pedir nenhum filho da Sabedoria. Ela criou de seu próprio seio. Desenvolveu os homens aquáticos, terríveis e perversos.
**Termo que se usa em Bengala para significar dez milhões
6. Os homens aquáticos terríveis e perversos ela mesma os criou com os restos dos outros, com as escórias e limo de sua primeira, segunda e terceira, ela os formou. Os Dhyanis vieram e olharam – os Dhyanis do brilhante Pai-Mãe, das regiões brancas eles vieram, das moradas dos mortais imortais.
7. Eles estavam descontentes. Nossa carne não está lá. Esses não são rupas adequados para nossos irmãos da quinta. Não são moradas para as vidas. Água pura, não turva, eles deviam beber. Sequemo-las.
8. As chamas vieram. Os fogos com as centelhas; os fogos da noite e os fogos do dia. Secaram as turvas águas escuras. Com seu calor, as evaporaram. Os Lhas do Alto, os Lhamayin de abaixo vieram. Eles destruíram as formas de duas e quatro faces. Eles lutaram com os homens-cabras e com os homens com cabeça de cachorro e os homens com corpos de peixe.
9. A água-Mãe, o grande mar, chorou. Ela se levantou, desapareceu na lua que a tinha levantado, que lhe deu nascimento.
10. Quando eles foram destruídos, a Terra-Mãe ficou nua. Ela pediu para ser secada.
ESTÂNCIA III
11. O Senhor dos Senhores veio. Ele separou, do corpo da Mãe-Terra, as águas e estas eram o Céu de cima, o primeiro Céu. .
12. Os grandes Chohans chamaram os Senhores da Lua de corpos aéreos. "Produzis homens, homens de vossa natureza. Dai-lhes vossas formas internas. Ela construirá as vestimentas externas. Masculinos-femininos eles serão. Também Senhores da Chama. . . ."
13. Cada um foi para sua terra destinada: sete deles, cada um na sua zona. Os Senhores da Chama ficaram para trás. Eles não queriam ir, eles não queriam criar.
ESTÂNCIA IV
14. As Sete Legiões, os "Senhores nascidos da Vontade", impulsionados pelo Espírito que dá a Vida, separaram os homens de si mesmos, cada um em sua própria zona.
15. Sete vezes sete Sombras dos homens futuros nasceram, cada um com sua própria cor e espécie. Cada um inferior ao seu pai. Os pais, os sem ossos, não podiam dar vida aos seres com ossos. A progênie deles era Bhûta, sem forma e sem mente. Por isso, eles foram chamados Chhaya.
16. Como o Manushya nasceu? Os Manus com mentes, como eles foram feitos? Os pais pediram ajuda a seu próprio fogo; que é o fogo que arde na Terra. O Espírito da Terra chamou, para sua ajuda, o Fogo Solar. Esses três produziram, em seu esforço conjunto, um bom rupa. Ele podia ficar em pé, andar, correr, reclinar ou voar. Mas ainda assim era apenas um Chhaya, uma sombra sem mente.
17. O sopro precisava de uma forma; os Pais a deram. O sopro precisava de um corpo grosseiro; a Terra o moldou. O sopro precisava do Espírito da Vida; os Lhas Solares o sopraram em sua forma. O sopro precisava de um Espelho de seu Corpo; "Nós lhe demos o nosso" disseram os Dhyanis. O sopro precisava de um Veículo dos Desejos; "Ele o tem", disse o que esgotou as Águas. Mas o Sopro precisa de uma mente para abraçar o Universo; "Não podemos dá-la" disseram os Pais. "Eu nunca a tive" disse o Espírito da Terra. "A forma seria consumida se eu lhe desse a minha", disse o Grande Fogo. . . . O homem permaneceu um Bhûta vazio e sem mente. . . . Assim os sem ossos deram vida àqueles que se tornaram homens com ossos na terceira.
ESTÂNCIA V
18. A primeira eram os filhos da Yoga. Seus filhos, os filhos do Pai Amarelo e da Mãe Branca.
19. A Segunda Raça foi o produto do desabrochar e da expansão, A Assexuada procedente da Sem-Sexo.* Assim foi, ó Lanu, a Segunda raça produzida.
* Aqui são dados a idéia e o espírito da sentença, uma vez que uma tradução literal seria pouco inteligível para o leitor.
20. Seus pais foram os nascidos por si mesmos. Os nascidos por si mesmos, os Chhaya procedentes dos corpos brilhantes dos Senhores, os Pais, os Filhos do Crepúsculo.
21. Quando a raça envelheceu, as águas antigas misturaram-se com as águas novas. Quando suas gotas ficaram turvas, elas esvaeceram e desapareceram na nova corrente, na corrente cálida da vida. O exterior da primeira tornou-se o interior da segunda. A Asa velha transformou-se na nova sombra e na Sombra da Asa.
ESTÂNCIA VI
22. Então a Segunda desenvolveu os Nascidos do Ovo, a Terceira. O suor aumentou, suas gotas cresceram e as gotas se solidificaram e tomaram forma globular. O Sol aqueceu a grande gota; a Lua a esfriou e a moldou; o vento a alimentou até que ela amadureceu. O cisne branco da abóbada estrelada iluminou a grande gota. O ovo da raça futura, o Homem-Cisne da terceira seguinte. Primeiro, macho-fêmea, depois homem e mulher.
23. Os nascidos por si mesmos eram os Chhayas: as Sombras dos corpos dos Filhos do Crepúsculo.
ESTÂNCIA VII
24. Os Filhos da Sabedoria, os Filhos da Noite, prontos para renascer, desceram e viram as formas vis da Primeira parte da Terceira, "Podemos elegê-las", disseram os Senhores, "nós temos sabedoria". Alguns entraram nos Chhaya. Alguns projetaram a Centelha. Outros protelaram até a Quarta. Com seu próprio Rupa eles preencheram o Kama. Aqueles que entraram, tornaram-se Arhats. Aqueles que receberam apenas a Centelha permaneceram desprovidos de conhecimento; a Centelha ardia debilmente. Os Terceiros permaneceram sem mente. Seus Jivas não estavam prontos. Estes foram separados dos Sete. Converteram-se nos de cabeça estreita. Os Terceiros estavam prontos. "Nestes vamos morar" disseram os Senhores da Chama.
25. Como os Manâsa, os Filhos da Sabedoria, agiram? Eles rejeitaram os nascidos por si mesmos. Eles não estão prontos. Eles rejeitaram os Nascidos do Suor. Eles não estão muito prontos. Eles não queriam entrar nos primeiros Nascidos do Ovo.
26. Quando os Nascidos do Suor produziram os Nascidos do Ovo, os duplos e os fortes, os poderosos com ossos, os Senhores da Sabedoria disseram: "Agora, criaremos".
27. A Terceira Raça tornou-se o Vahan dos Senhores da Sabedoria. Ela criou os "Filhos da Vontade e da Yoga", por meio de Kriyasakti ela os criou, os Pais Sagrados, os Ancestrais dos Arhats. ..
ESTÂNCIA VIII
28. Das gotas de suor; do resíduo da substância; que é a matéria dos corpos mortos de homens e animais da roda anterior; e do pó rejeitado, os primeiros animais foram produzidos.
29. Animais com ossos, dragões do abismo e Sarpas voadoras foram agregados às coisas rastejantes. Aqueles que rastejam no solo desenvolveram asas. Aqueles com longos pescoços na água tornaram-se os progenitores das aves do ar.
30. Durante a terceira Raça, os animais sem ossos cresceram e mudaram: transformaram-se em animais com ossos, seus Chhayas tornaram-se sólidos.
31. Os animais se separaram primeiro. Começaram a reproduzir-se. O homem duplo também se separou. Ele disse: "Façamos como eles; unamo-nos e procriemos". Assim fizeram.
32. E aqueles que não tinham centelha tomaram enormes animais fêmeas para si. Com elas, eles geraram Raças mudas. Eles próprios eram mudos. Mas sua língua se desatou. As línguas de sua progênie continuaram mudas. Monstros foram gerados. Uma raça de monstros encurvados cobertos de pêlo vermelho, que andavam nas quatro patas. Uma raça muda para que não se divulgasse a vergonha.
ESTÂNCIA IX
33. Vendo isto, os Lhas que não haviam feito os homens, choraram, dizendo: -
34. "Os Amanâsa degradaram nossas futuras moradas. Isto é Karma. Habitemos nas outras. Ensinemo-las melhor para que o pior não aconteça. Foi isso que fizeram." . . .
35. Então, todos os homens foram dotados de Manas. Eles viram o pecado dos sem mente.
36. A Quarta Raça desenvolveu a linguagem.
37. O Um tornou-se Dois; e também todas as coisas rastejantes viventes que ainda eram unas,
peixes-pássaros gigantes e serpentes com cabeça de concha.
ESTÂNCIA X
38. Assim, dois a dois nas sete zonas, a Terceira Raça deu nascimento à Quarta Raça de homens; os deuses tornaram-se não-deuses; os sura se converteram em a-sura.
39. A primeira, em cada zona, era da cor da lua; a segunda, amarela como ouro; a terceira, vermelha; a quarta, marrom, convertendo-se em negra pelo pecado. Os primeiros sete ramos humanos eram todos da mesma tez. Os sete seguintes começaram a se mesclar.
40. Então a quarta cresceu em orgulho. Nós somos os reis, foi dito; nós somos os deuses.
41. Eles tomaram esposas lindas de se olhar. Esposas de entre os sem mente, os de cabeça estreita. Eles geraram monstros. Demônios maus, machos e fêmeas, também Khado (dakini) com mentes pequenas.
42. Construíram templos para o corpo humano. Adoraram machos e fêmeas. Então, o Terceiro Olho deixou de funcionar.
ESTÂNCIA XI
43. Eles construíram cidades enormes. Com terras e metais raros eles as construíram e, com os fogos vomitados, com pedra branca das montanhas e com pedra preta, eles esculpiram suas próprias imagens, de seu tamanho e à sua semelhança e as adoraram.
44. Construíram grandes imagens de nove yatis de altura, o tamanho de seus corpos. Os fogos internos tinham destruído a terra de seus pais. A água ameaçou a quarta.
45. As primeiras grandes águas vieram. Elas engoliram as sete grandes ilhas.
46. Todos os Santos foram salvos, os Ímpios, destruídos. Com eles pereceu a maioria dos animais enormes produzidos do suor da terra.
ESTÂNCIA XII
47. Poucos homens restaram: alguns amarelos, alguns marrons e negros, e alguns vermelhos restaram. Os da cor da lua desapareceram para sempre.
48. A quinta, produzida dos santos que restaram, foi governada pelos primeiros Reis divinos.
49. . . . Os que voltaram a descer fizeram a paz com a quinta, ensinando-a e a instruindo.
consta do vol III da Doutrina Secreta - Antropogênese - de H.P.Blavastky
onde as explicações e comentários são o objeto do livro
obrigado por me encinar e me ajudar enchergar esta vasta sabedoria e saber um poco mais sobre meos ansestrais que universo conspire enfavor de meos irmaos desta grande nave
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