terça-feira, 15 de abril de 2014

Batismo




Em tópico de uma comunidade um representante da ICAR (um padre) respondeu à seguinte pergunta:

“O que é preciso para ser filho de Deus?

Ser batizado em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Quem não foi batizado, é mera criatura de Deus.
A diferença entre ser filho e criatura, é que o filho tem direito à herança do Pai.
Já a criatura, não tem direito algum.”

Em outro momento do mesmo tópico esse representante da ICAR afirma que:
“Jesus Cristo sempre enfatizou a necessidade do batismo para a salvação.”

Será mesmo?

O Sacramento do Batismo foi formulado para “purificar” o pecado original, cabendo a São Cipriano (258 d.C) a tarefa de criar o dogma do batismo inspirando-se em João Batista – um essênio – que propagou a prática do batismo na Palestina, como ritual de sua seita que tinha analogia com as abluções do Bramanismo, do Budismo e do Judaísmo.

Os brâmanes tinham como costume a purificação pela água, e mergulhavam-se na água de manhã e à tarde, acreditando que todos os atos maus poderiam ser assim lavados literalmente. Certa vez um deles foi visitado por Gotama (o Buda) que lhe disse:
“A religião é um lago, ó brâmane! E a ética não é o batismo, límpido, estimado pelo maior dos sábios, no qual deve fazer suas abluções.”

Mas,  a confusão de opiniões sobre o batismo se arrastou por vários séculos. São Tertuliano (115 a 220 d.C) dizia que as crianças não precisavam ser batizadas por serem elas inocentes, e mesmo os adultos poderiam ser dispensados do sacramento se tivessem fé, concordando com Paulo que afirma que as crianças nasciam puras.

O Papa Pelágio (555 a 561) declarou ser necessário no batismo a invocação da Trindade; mas o Papa Nicolau I (858 a 867) dizia que bastava ser em nome de Jesus. O Papa Teodósio chegou a decretar a decapitação à todos os não batizados – um modo bem comum da Santa Igreja de converter os pagãos. A Igreja também muito frequentemente batizava e benzia canhões, espadas, navios de guerra e outras armas mortíferas.

Aliás, Maria, os apóstolos, e demais seguidores de Jesus nunca foram batizados, devendo, portanto, estarem agora na condição de criaturas de Deus sem o direito à herança do Pai – busquem nos Evangelhos se há alguma referência de Jesus batizando alguém, se ele considerava o batismo uma necessidade por que não praticou esse “sacramento” como fazia João?

A Igreja alega que Jesus foi batizado. Ora, se o batismo católico tem como objetivo central apagar o suposto pecado original, o batismo de Jesus realizado por João é um contra-senso, uma vez que a Igreja o apresenta como Filho de Deus – (como a 2° pessoa da trindade), afirmando ainda que ele é Deus. Devemos, portanto supor um outro motivo para o batismo de Jesus por João – não seria  apenas uma forma de Jesus indicar que João fazia parte de sua doutrina?

Em Mateus 1:9 a 11, Lucas 3: 21 a 22, João 1: 32 a 34, temos o relato do batismo de Jesus por João Batista.

Em Marcos 16:15 a 18, temos que Jesus depois de ressuscitar manda os discípulos irem por toda a parte pregando o Evangelho dizendo:
v. 16 – que, crer em mim e for batizado será salvo, quem não crer será condenado.
v. 17 - Estes sinais seguirão os que crêem:
            Em meu nome expulsarão os demônios.
            Falarão línguas novas
            Pegarão em serpentes
            Se beberem alguma coisa mortífera não lhes fará dano algum
            E porão as mãos sobre os enfermos e os curarão.

Isso soa familiar?

A Bíblia da CNBB comenta Marcos 16:9 a 20:
“Esse trecho difere muito do livro até aqui, por isso é considerado obra de outro autor....” Mas que autor? Seria ele São Cipriano – Bispo de Cartago mártir em 258 d.C? Sei não.....

Lucas, Mateus e João nada falam sobre a necessidade do batismo, apenas relatam as atividades de João realizando batismos. (Marcos 1:1 a 8, Lucas 3:1 a 18, João 1: 6 a 8 e 19 a 36, Mateus 3:1 a 11”)

Respondeu João à todos, dizendo: “Eu na verdade, batizo-vos com água, mas eis que vem aquele que é mais poderoso do que eu... esse vos batizará com o Espírito Santo e com fogo.”
Lucas 3:16 e Mateus 2:11

Em Atos 1:5 , temos o seguinte:
“Porque na verdade João batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo não muito depois destes dias.”

Em a Atos 2:1 a 13, temos o relato do dia do Pentecostes, quando todos reunidos, vem do céu um forte vento, e línguas de fogo posaram sobre as cabeças dos apóstolos, e todos começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia falar. (é interessante ler tudo – como também a profecia de Joel cap.1:15, cap. 2:2 cap. 2: 28 a 32,)

Na realidade, o Espírito Santo sempre que se manifestas (nos textos bíblicos), acontece uma ampliação do conhecimento, e fala-se daquilo que não se “sabe”, ou que não teria meios de saber:
Lc.1:15 – João Batista é cheio do Espírito Santo
Lc. 1:41 – Isabel é cheia do Espírito Santo e reconhece Maria como mãe de Jesus.

O Espírito Santo quando atua sobre alguém, produz o Conhecimento da Verdade, é uma Iluminação, um verdadeiro Batismo de Fogo, um  alargamento da Consciência. Simbolizado por uma pomba, cuja alegoria devemos buscar no conceito de que o Espírito Santo  era representado pela ave Astarte – a pomba, também chamada Sophia – do grego significa Sabedoria, sendo o Logos feminino dos gnósticos, a Mente Universal, a Sabedoria Divina personificada.

Temos então que o Batismo a que se refere Marcos, não é o batismo com água, mas o Batismo de Fogo ou Iluminação - Sabedoria, o qual poderá ser obtido através da compreensão profunda da doutrina que Jesus deixou somente aos seus adeptos mais próximos, a doutrina que é a “água da vida”.

Esse mesmo conceito encontramos no Budismo– onde a busca é a Iluminação, o estado de
Buddha  (Sánscrito).-  Literalmente: "o Iluminado".  O mais alto grau de Conhecimento dos completamente despertos e purificados – a Emancipação Final alcançando o Estado Perfeito no plano do Nirvana – ou seu equivalente cristão da redenção ou ressurreição.

O Zem utiliza o termo Satori que também significa Iluminação.

E no Hinduismo no estado de Mokcha ou Moksha (Sânscrito) literalmente “Libertação” “Desligamento”, “Salvação”, “Beatitude” e  “Emancipação”,   dos vínculos da carne, da vida e das dores na terra. Neste estado, o Espírito isento de uma nova reencarnação, é absorvido pelo Espírito Universal, alcançando assim o Nirvana.

Enquanto o ocidente crê na salvação pela graça de Deus – uma dádiva que vem dos céus, por aceitarem uma só vida, e o dogma de que fora da Igreja não há salvação, o oriente entende que a salvação é conquista pessoal e individual, evolução e aprimoramento mental-espiritual até o mais alto nível, a do budado ou Iluminação, estando muito mais à vontade de assumir essa idéia por aceitarem sem restrições a reencarnação.

“Sem o conhecimento não existe meditação, sem meditação não existe o conhecimento. Aquele que possui tanto o conhecimento quanto a meditação está próximo do Nirvana.” O Buda

Voltando então ao Batismo como rito de Purificação, este era celebrado durante as cerimônias de Iniciação em tanques sagrados da Índia, idêntico ao rito estabelecido por João Batista e praticado por seus discípulos essênios. (ver tópico – Iniciação)

Ninguém, diz A. Besant, pode alcançar as sublimes mansões onde moram os Mestres sem haver passado pela estreita porta da Iniciação, a porta que conduz à vida eterna.  Para que o homem possa cruzar os umbrais dessa porta, há de ter alcançado o mais alto grau de evolução, a ponto de não mais ter interesse em tudo o que pertence à vida na Terra, salvo o poder de servir com toda abnegação aos Mestres e ajudar na evolução da humanidade, mesmo à custa dos maiores sacrifícios pessoais.

Eu sou a porta, eu sou o caminho. Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, tome sua cruz e siga-me – disse Jesus.

O processo Iniciático acompanha uma expansão da consciência o que se chama “a nave do conhecimento”, que é também a nave do poder, pois nos reinos da Natureza “saber é poder”.

Se resta ainda alguma dúvida, quero lembrar que os Batizados de Marcos têm como sinal poderes especiais:  expulsarão os demônios, falarão línguas novas, pegarão em serpentes, se beberem alguma coisa mortífera não lhes fará dano algum, e porão as mãos sobre os enfermos e os curarão – como Jesus fazia !!!!!!!!!!! curar mesmo sem sombra de dúvida, fazer paralítico andar, cego ver e morto levantar, total domínio do Espírito sobre a matéria. Os Batizados pela ICAR têm esses poderes?

Quero ver os “Batizados” que se dizem ungidos pelo “Espírito Santo” realizarem verdadeiramente todas essas proezas.... Falar língua estranha que ninguém entende até um bebê consegue, expulsar demônios ????? os terreiros de Umbanda também fazem, e nem por isso se dizem “ungidos”. Bebam um copo de cicuta, por favor, para provar que estão sob a influência do Espírito Santo.
                                                                                                               
Manipular o Sagrado é um crime sem precedentes.
Aceitar dogmas sem pensar é signo de ignorância.
          
Fontes –
Bíblia – tradução de João Ferreira de Almeida
Bíblia editada pela CNBB - 1990
Formulário de Alta Magia – P.-V.Piobb – Ed. Francisco Alves
Glosário Teosófico – H.P.Blavatsky – versão digital em espanhol
A Vida Oculta e Mística de Jesus – Leterre – Ed. Madras
O Livro Tibetano da Grande Liberação – W.Y.Evans-Wentz – Ed. Pensamento
Dinâmica do Inconsciente - Jung

domingo, 26 de fevereiro de 2012

01 - As Iniciações

Desde seus começos, a Iniciação, por mais rudimentar que fosse, assumiu uma natureza rigorosamente secreta, por dois motivos principais:
1° - o poder adquirido era grande e, portanto, não poderia cair em mãos erradas – o que ocorre com a Magia Negra.
2° - o alto conhecimento é produto de muito estudo, não sendo possível ensinar a indivíduos rudes, de inteligência pouco desenvolvida, uma matéria que eles não compreenderiam convenientemente.

Então, à medida que os colégios iniciáticos trabalhavam, e que a Iniciação avançava e se tornava uma ciência, depois uma Alta Ciência, o distanciamento intelectual entre o Iniciado e o profano permaneceu sensivelmente o mesmo. Com isso, os Iniciados se tornaram uma elite em sua terra.

A iniciação consiste na elevação do pensamento ao máximo das possibilidades. Da mesma raiz latina “initia”, que significa os primeiros fundamentos de uma ciência e na admissão nos Sagrados Mistérios ou Ocultismo ensinados pelos Hierofantes, sendo praticada em todas as antigas religiões.

Ninguém, diz A. Besant, pode alcançar as sublimes mansões onde moram os Mestres sem haver passado pela estreita porta da Iniciação, a porta que conduz à vida eterna. Para que o homem possa cruzar os umbrais dessa porta, há de ter alcançado o mais alto grau de evolução, a ponto de não mais ter interesse em tudo o que pertence à vida na Terra, salvo o poder de servir com toda abnegação aos Mestres e ajudar na evolução da humanidade, mesmo à custa dos maiores sacrifícios pessoais.

Eu sou a porta, eu sou o caminho. Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, tome sua cruz e siga-me – disse Jesus.





Sobre a Iniciação diz Piobb:

“Trata-se de pensamento, logo, de reflexão; por conseguinte, também de elementos de reflexão e ainda de fatos concretos ou abstratos, mas sempre patentes e, de qualquer modo, certos e explicáveis segundo um sistema que satisfaça à razão – e não apenas àquilo que bem se poderia denominar sentimento. Em vista disto, pode haver uma Ciência Iniciática que será, incontestavelmente, uma ciência – superior sem sombra de dúvida -, posto que ela fornecerá ‘as razões das coisas’, dessa forma resolvendo os problemas mais elevados da metafísica, respondendo todas as perguntas propostas pelo homem e que entrevê a ciência experimental e satisfazendo a razão inteiramente.”
Isto é Alto Conhecimento através de estudos, trabalho, dedicação, e evolução mental-espiritual.


O Batismo
O Batismo como rito de Purificação, era celebrado durante as cerimônias de Iniciação em tanques sagrados da Índia, também pertencendo à primitiva Teurgia dos Iniciados caldeo-akkadiana, e praticado religiosamente em cerimônias noturnas nas Pirâmides, onde ainda hoje vemos a pia batismal em forma de sarcófago. (ver tópico – Batismo)

Na Antiguidade, os Mistérios, segundo os grandes filósofos gregos, consistiam da mais sagrada de todas as solenidades, representando um passo da vida mortal à experiência da Alma e do Espírito libertos da materialidade – portanto uma espécie de morte – daí a pia batismal ser em forma de sarcófago. Daí também o simbolismo das ressurreições de Lázaro e Jesus e sua descida aos infernos.

Explica Blavatsky que a alegoria mal compreendida, conhecida pelo nome de descida aos Infernos, de Hércules e de Teseu descendo às REGIÕES INFERNAIS; a viagem de Orfeu aos Infernos, encontrando seu caminho graças ao poder de sua lira (Ovídio, METAMORFOSES), a viagem de Krishna e finalmente do Cristo que "desceu aos Infernos" e "ressuscitou dos mortos" ao terceiro dia, todas se tornaram irreconhecíveis pelos "adaptadores" não iniciados dos ritos pagãos, que os transformaram em ritos e dogmas da Igreja.

Mas, sob o ponto de vista místico, essa alegoria simboliza os ritos de iniciação nas criptas do Templo, chamadas o "mundo inferior" (HADES). Baco, Héracles, Orfeu, Asklépios e todos os outros visitantes da cripta, desciam aos infernos, donde ressurgiam ao terceiro dia, pois todos eram Iniciados e "construtores do Templo Inferior".

As palavras de Hermes, dirigidas a Prometeu encadeado sobre as rochas áridas do Cáucaso - Prometeu ligado pela ignorância e devorado pelo abutre das paixões – aplicavam-se a cada neófito, a cada CHRESTOS durante as provas. "Não há fim para o teu suplício até que Deus (ou um deus) apareça e te alivie as tuas dores, consentindo em descer contigo ao tenebroso HADES, às sombrias profundezas do Tártaro" (Ésquilo: PROMETEU, 1.027 e ss.)

Isto quer simplesmente dizer que, enquanto Prometeu (ou o homem) não encontrar o "deus" ou o Hierofante (o Iniciador) que desça voluntariamente consigo às criptas da iniciação e o dirija em torno do Tártaro, o abutre das paixões não cessará de devorar os seus órgãos vitais.

A região obscura da cripta, na qual, supunha-se, o candidato à iniciação rejeitava para sempre suas más paixões ou maus desejos. Provêm daí todas as alegorias contidas nas obras de Homero, de Ovídio, de Virgílio, etc..., que os sábios modernos tomam no sentido literal. O Phlegetonte era o rio no Tártaro, onde o Iniciado era mergulhado três vezes pelo Hierofante, depois do que estavam terminadas as provas. O homem havia nascido de novo; tinha deixado para sempre o velho homem de pecado na corrente sombria, e ao terceiro dia, quando saía do Tártaro, era um INDIVIDUALIDADE; a PERSONALIDADE estava morta. Daí vem o conceito de ressurreição ou renascimento.

Ésquilo, como Iniciado, não podia dizer mais do que isso! Mas, Aristófanes, menos piedoso, ou mais audacioso, divulga o segredo aos que não estão cegos pelos preconceitos por demais enraizados, em sua sátira imortal AS RÃS, sobre a "descida aos infernos" de Herákles. Lá encontramos o coro dos bem-aventurados (os Iniciados), os Campos-Elíseos, a chegada de Baco (o deus Hierofante) com Terakles, a recepção com as tochas acesas, emblema da NOVA VIDA e da RESSURREIÇÃO das trevas da ignorância humana para a luz do conhecimento espiritual, a VIDA ETERNA. Cada palavra da brilhante sátira atesta a intenção interior do poeta:

Animai-vos, tochas ardentes... pois as vens
Agitando em tua mão, Jaco
Estrela fosforescente do rito noturno

Jaco é outro nome de Baco.


As iniciações finais, diz Blavatsky,  sempre eram feitas à noite. Falar-se, por conseguinte, de alguém que houvesse descido aos infernos equivalia, na antiguidade, a designá-lo como um INICIADO PERFEITO. Aos que se sentirem inclinados a rejeitar essa explicação, eu farei uma pergunta: podem eles nos revelar, neste caso, a significação de uma frase contida no sexto livro de Eneida de Virgílio? Que quer dizer o poeta senão o que exprimimos acima, quando, introduzindo o venerável Anquises nos Campos Elíseos, ele o induz a aconselhar seu filho Enéas a realizar a viagem à Itália... onde teria que combater, em Latium, um povo rude e bárbaro; mas, acrescenta ele, "não te aventures a tal antes de teres concluído A DESCIDA AOS INFERNOS", quer dizer, "antes de seres um Iniciado".

Os clérigos benévolos, escreve Blavatsky, que, sob a menor das provocações, estão sempre prontos a nos mandar ao Tártaro e às regiões infernais, não suspeitam o bom voto formulado a nosso respeito, e qual o caráter de santidade que deveremos adquirir para poder entrar num local tão sagrado.

Diz o Buda que:
“Melhor seria viver um único dia no aperfeiçoamento de uma boa vida em meditação do que viver cem anos de forma má e com a mente indisciplinada.
Melhor seria viver um único dia na busca do entendimento e da meditação do que viver cem anos na ignorância e na imoderação.
Melhor seria viver um único dia no começo de um diligente esforço do que viver cem anos na indolência e na inércia.
Melhor seria viver um único dia pensando na origem e na cessação do que é composto do que viver cem anos sem pensar em tal origem e cessação.
Melhor seria viver um único dia conhecendo a Doutrina Excelsa do que viver cem anos sem conhecer a Doutrina Excelsa.”

“Sem o conhecimento não existe meditação, sem meditação não existe o conhecimento. Aquele que possui tanto o conhecimento quanto a meditação está próximo do Nirvana.” O Buda

Atingir o estado Nirvânico, é transmutar a mente mundana em Mente supramundana, equivalente a descoberta da Pedra Filosofal dos alquimistas ou Opus Alquímico (obra alquímica) que também significa Iluminação.


O processo Iniciático é semelhante a um caminho espinhoso de três etapas ou graus de Iniciação que acompanha uma expansão da consciência o que se chama “a nave do conhecimento”, que é também a nave do poder, pois nos reinos da Natureza “saber é poder”.

1 – através do estudo e da pesquisa vem a compreensão intelectual da Sabedoria Divina.

2 – daí, o aspirante avança para o insight intuitivo, ou acesso a informações que procedem dos planos mais elevados, inspirado pelos Mestres Espirituais, alcançando assim a Sabedoria.

3 – nesse estágio ele se depara frente à frente com a sua Nudez – ou estado Nirvânico ou seu equivalente cristão da redenção ou ressurreição.

Tal como Inanna – a deusa do céu, desce à região inferior, suas insígnias e roupas reais são rasgadas ritualmente em cada um dos sete portões, sendo despojada de todos os adereços de rainha, apresentando-se nua – com sua verdadeira face -, e de joelhos, acatando assim a autoridade de sua irmã Eresquigal – a Senhora da Grande Região Inferior, que representa nesse mito, o lado destrutivo-transformador e implacável da vontade cósmica.

fontes:
Formulário de Alta Magia – P.-V.Piobb – Ed. Francisco Alves
Glosário Teosófico – H.P.Blavatsky – versão digital em espanhol
A Vida Oculta e Mística de Jesus – Leterre – Ed. Madras
O Livro Tibetano da Grande Liberação – W.Y.Evans-Wentz – Ed. Pensamento
As origens dos rituais na Igreja e na Maçonaria – H.P.Blavatsky

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

os Vimanas do Ramayana


En las páginas del RAMAYANA, el gran poema épico Hindú atribuido el poeta VALMIKI, se encuentran alusiones a asombrosos carros voladores y a extraños elementos a reacción que habrían sido utilizados en el curso de las guerras entre los reyes de la alta antigüedad asiática. En estos vehículos voladores las personas que se montaban en ellos podían volar hacia los cielos y dirigirse a las estrellas y a mundos lejanos, para luego retornar a la Tierra. Cita textual de la versión de F. Robles Villafranca, 1970:
  • Mientras se iban desarrollando estas cosas, Rama, el KAKUTSTHIDA, le dijo a VIBHISHANA: ocúpate de procurarme un pronto regreso a mi ciudad. El camino a AYODHYÁ es muy difícil de recorrer.
  • A lo que respondió VIBHISHANA: Hijo de monarca de la Tierra, yo cuidaré que te conduzcan a tu ciudad. Hay un carro llamado PUSHPAKA, carro incomparable, resplandeciente como el Sol y que marcha por sí mismo. Montado sobre ese carro, serás conducido por él, sin inquietud, hasta AYODHYA.
  • Tras estas palabras VIBHISHANA llamó urgentemente al carro parecido al Sol acompañado por su hermano y por ilustre VVIDEHANA, encendida de rubor, el RAGHUIDA, ya montado, le dijo a SUGRIVA: Apresúrate a subir en el carro con tus generales, SUGRIVA. Sube también con tus ministros, VIBHISHANA, monarca de los RAKSHSAS.
  • Al instante, SUGRIVA con los reyes de los simios, y VIBHISHANA con sus ministros, llenos de alegría, montaron en el gran carro PUSHPAKA.

  • Cuando todos estuvieron embarcados, Rama ordenó al vehículo que partiese y el incomparable carro de Kurevase se elevó hacia el mismo seno de los cielos. El carro volaba como una gran nube empujada por los vientos. Desde allí paseando su mirada por doquier, el guerrero descendiente de RAGHÚ, dijo a Sita la MITHILIANA, la del rostro bello como el astro de la noche: Mira, ya veo el palacio de mi madre... ¡AYODHYÁ! ¡Inclínate ante ella, Sita, mi VIDEHANA, hete aquí de regreso!
  • Apenas la muchedumbre, presurosa, les vio llegar como un segundo Sol y con tan rápida marcha, el aire fue rasgado con potentes gritos de alegría, lanzados por ancianos, mujeres y niños. Todos gritaban: ¡Aquí está Rama!.
  • BHARATA, pasando de la tristeza a la alegría, se acercó, con las manos juntas y honró a Rama: Sé bien venido, pronunció, con respeto que le merecía su hermano. Pero éste se apresuró a alzarlo, lo apretó contra su pecho y lo estrechó entre sus brazos con alegría... 


segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Aviões Arqueológicos?

Parece incrível
mas os antigos textos Hindus nos contam de Naves voadoras
chamadas Vinamas ou viamanas

O Prof. Dr. Dileep Kumar Kanjilal, da Universidade de Sânscrito, em Calcutá, um dos conhecedores mais profundos das antigas tradições hindus, diz que os Vedas Hindus podem ser datados por volta do ano 5.000 a.C.


O Prof. diz que :

os carros voadores, frequentemente citados como "viamanas", de fato seriam uma espécie de máquina voadora.

Com as muitas interpretações, hoje existentes, não se deve esquecer que, desde 2.000 anos atrás, todas aquelas descrições ainda continuam a enveredar pelos rumos tomados naquela época longinqua.

Conquanto, atualmente, se saiba da existência de máquinas voadoras, toda aquela problemática deve ser reestudada sob novos aspectos.

Aí de nada adianta querer conservar o antigo.

Cada noção condicionada pelo tempo passa por um processo de transformação.

Atrás da descrição dos carros voadores esconde-se por certo um fato, pois as descrições encerram um sentido diferente daquele hoje a elas atribuído.

Bem que muitos elementos mitológicos ainda continuem a envolvê-lo, no entanto estamos envidando esforços para revelar uma "verdade científica", encerrada naquelas tradições, que lembram relatos técnicos.

No Mahabharata há um relato da ascensão de Arjuna para o céu de Indra.
E o Prof. fala a respeito dizendo que:

"...No texto original poderia ler que Arjuna vê alguns "carros acidentados" e "sem condições de vôo".

Outros carros voadores estão estacionados no solo, enquanto que ainda outros já estão no ar.

Essas observações claras e precisas de carros em vôo e outros, sem condições de vôo, provam como os antigos autores dos respectivos relatos sabiam perfeitamente bem de que estavam falando.
 

No Museu do Ouro em Bogotá - Colombia
encontramos a peça mais curiosa de toda a época pré-colombiana
que nem carece ser comentada...

a imagem fala por si mesma...

feita em ouro maciço...



Essa e outras peças semelhantes, foram encontradas em tumbas
e foram atribuidas em sua maioria à Cultura Tairona
uma das conhecidas Culturas do Ouro.

A área arqueológica de Tairona fica ao Norte da Colombia
em Serra Nevada e, segundo a arqueologia, seu máximo explendor aconteceu por volta do século IX uns 500 anos antes da chegada dos espanhóis...


e as referidas tumbas
foram datadas com a idade aproximada de 2.000 anos...



.

.
Outras "curiosas" peças arqueológicas encontradas na mesma área
 
 
Em Êxodo cap 3.v1 a 6 temos o seguinte relato:

“E apascentava Moisés o rebanho de Jetro...
e levou o rebanho atrás do deserto, e veio ao monte de Deus , a Horebe.
E apareceu-lhe o anjo do Senhor em uma chama de fogo do meio duma sarça;
e olhou, e eis que a sarça não se consumia...
E vendo o Senhor que se virava para...ver,
Bradou Deus a ele do meio da sarça, e disse:
Eis-me aqui.
E disse: Não te achegues para cá,
Tira os teus sapatos dos teus pés;
Porque o lugar em que estás é terra santa (Mídia)
Disse mais: Eu sou o Deus de teu pai,
O Deus de Abraão,
O Deus de Isaque, e o Deus de Jacó.”



Diz o texto do Ramayana:
“Por ordem de Rama,
O carro maravilhoso subiu com enorme estrondo
Para uma montanha de nuvens...



Diz o texto do Mahabharata:
“Bhima voou com sua vinnama num raio imenso
que tinha o clarão do sol e cujo ruído era como o trovejar de um temporal...”



Diz o texto de Êxodo sobre o episódio do recebimento dos Dez Mandamentos cap.19.16:
“E aconteceu ao terceiro dia, ao amanhecer,
que houve trovões e relâmpagos sobre o monte (Sinai),
e uma espessa nuvem, e um sonido de buzina mui forte,
de maneira que estremeceu todo o povo..
.v.18 E todo o monte do Sinai fumegava, porque o Senhor descera sobre ele em fogo:
e subiu como fumo dum forno, e todo o monte tremia grandemente.”
 
 
 
Por tudo que li até o momento e pude deduzir, os Atlantes tinham o conhecimento da aviação, bem como acho muito provável que os "Deuses" eram sim astronautas...

A Tampa da tumba de Pacal encontrada em Palenque nos leva a pensar sobre o assunto...





A tumba de Palenque também é conhecida como “A tumba do Astronauta”, sendo que o astronauta de Palenque ficou conhecido no mundo todo por Erick Von Däniken que esteve lá, fotografou e mostrou ao público sua descoberta.

Quanto ao desenho que seria o astronauta de Palenque, algumas pessoas acham que seja supostamente um ser extraterrestre, e outras que seja um astronauta terrestre; e há, lógico, outras teorias...

A pedra que cobre o sarcófago tem um comprimento de 3,5m por 2,2m de largura, pesa aproximadamente 5 toneladas.


Se nos colocarmos ao lado sul do sarcófago, perceberemos que o motivo central dessa tampa representa um maia vestido à moda de seu tempo,

porém ele se encontra encerrado e assentado no que poderíamos chamar atualmente de uma cápsula espacial de propulsão a reação,

sendo que suas mãos estão no comando,
sua cabeça trazia capacete tendo ela ligada a um suporte,
seu nariz ligado a um tipo de inalador;
na parte dianteira são visto três receptores de energia,
com bobinas perfeitamente reproduzidas;
a do nariz toca um papagaio (entre os maias esse pássaro simboliza o sol);

outros captadores de energia podem ser vistos na parte dianteira,
por três séries de três, e formados em tubos;
na parte posterior, o motor se divide em quatro partes;
é seguido por um grupo de torneiras prolongadas por chamas de escapamento encurvadas em volutas; sobre os lados, tomadas de ar; uma penagem posterior extremamente bem perfilada.



.

.
 

Vimana - O Veículo dos Deuses

retirado da Revista Sexto Sentido nº 26 - 2009-05-06

por Ubiratan Schulz

Há 12 mil anos os vimanas e outras naves espaciais já circulavam pelos céus do planeta, envolvidos em batalhas de tal magnitude que só agora nossa imaginação começa a compreender.

Muitos estudiosos do fenômeno OVNI tendem a esquecer um fato de grande importância. Enquanto alguns assumem que certos avistamentos têm origem alienígena e outros acreditam que as naves são de origem militar, existe mais uma possibilidade: que a origem dessas espaçonaves seja a antiga Índia ou a Atlântida.

Sempre que procuramos textos ancestrais que façam referência a esse assunto chegamos aos relatos escritos mais antigos do mundo – alguns derivados das escrituras orientais conhecidas como Vedas –, muitos deles ainda não traduzidos do sânscrito. Existe ainda uma corrente de pesquisa chamada protoufologia que estuda a possibilidade de que, em tempos imemoriais, a Terra tenha sido visitada inúmeras vezes por raças alienígenas que interferiram nas civilizações.

Isso não é novidade e pode ser deduzido da leitura de diversos textos milenares. Segundo os mais antigos épicos da Índia, tudo começou nos céus e, em busca da sabedoria, devemos estudar, ler, debater e pesquisar mitos, lendas e obras que chegaram até nós, nos quais os mais antigos conflitos da humanidade estão relatados em detalhes.

Estamos falando de épicos como o Mahabharata, o Ramayana, o Drona Parva, o Vaimanika Sastra (Vymaanika-Shaastra), o Samara Sutradhara, o Secret Society of the Nine Unknown Men (Sociedade Secreta dos Homens Desconhecidos), o Vymaanidashaastra Aeronautics, e até mesmo a Bíblia e o Corão

Esses textos relatam a presença de naves aéreas de aparência semelhante aos zepelins, chamadas de vimanas pelos antigos indianos e de vailixi pelos atlantes (vimanam, no idioma pali). Os vimanas eram movidos a mercúrio, expeliam forte vento propulsor e navegavam a grandes alturas. Podiam vencer distâncias infinitas, mover-se de baixo para cima, de cima para baixo e de trás para diante.

Em suma, veículos de causar inveja! (Dutt, M. Nath, Calcutá 1891, Ramayana).Também conhecidos por astras, eram descritos como “uma carruagem aérea com paredes de ferro, dotada de asas, às vezes circular, outras cilíndrica, com até dois andares, uma portinhola e um domo (cúpula ou cockpit). Voavam como o vento e um som melodioso se ouvia quando passavam rapidamente (ver Sexto Sentido 16, Plataforma para Marte)”.



Velocidade da Luz

O Ramayana fala sobre o filho do vento, Garuda, o Rei dos Pássaros, a Águia Celestial, a Fonte de Todo o Bem, que em força e esplendor nos ultrapassa a todos; é um símbolo do vento e do sol, e rápido como eles. A velocidade para nós inimaginável com que ele se desloca de um mundo para outro significa também um símbolo da sabedoria dos Vedas, e o poder das palavras mágicas dessas escrituras dá asas ao homem – simbolicamente falando – com as quais ele pode se mover de um mundo a outro com a velocidade da luz, ou a velocidade de Garuda que, ao bater suas asas, balançava toda a Terra.

Ele é representado como metade homem e metade águia, ou como um homem de asas e um bico no lugar do nariz, ou ainda um pássaro veloz. É mais conhecido como a montaria de Vishnu, Ser Supremo que pertence a trimurte Brahma, Shiva, Vishnu, ou Pai, Filho e Espírito Santo. É descrito como o Protetor Invencível, um título que se refere à sua futura missão como preservador do universo, incorporando gradativamente todas as qualidades de bondade e piedade – aspectos pelos quais é atualmente venerado no mundo todo.

Segundo a filosofia hindu, Vishnu vive na Eternidade, flutuando num oceano de leite, recostado na Serpente Ananda. É nesse cenário paradisíaco que ele e sua consorte Lakshmi recebem todos aqueles que os procuram, ou, como se costuma dizer, “buscam refúgio a seus pés”.

Lakshmi é uma das manifestações da Grande Mãe Universal Sri Yoga Devi, representando a prosperidade. Vishnu já teve até hoje nove encarnações principais conhecidas na Índia, e a décima estaria para acontecer no final deste Kali Yuga (ou Idade das Trevas) com o nome de Kalki, Maitréia, Messias, o novo Cristo, etc.

Mas não eram só os deuses que tinham suas naves. Também os demônios como Vibishana alçavam os céus durante as batalhas. Vibishana é considerado como traidor, pois foi avistado em um aparelho voador dentro do qual se distinguiam as figuras de cinco demônios.

No Mahabharata, durante o combate entre Bhishma e Parashurama, a luta é relatada como se ocorresse num tempo em que os homens eram poderosos e os deuses os assistiam de perto. O embate durou vários dias e várias noites e, como parecia interminável, Brishma decidiu lançar mão de um astra – uma arma mística de nome prashapa – tão devastadora que o mundo inteiro seria aniquilado. Foi quando os próprios deuses, liderados por Nárada e Shiva, decidiram intervir, dizendo a Bhishma: “Cesse esse combate! Não use o astra. Não é a ti que cabe destruir o mundo. Na verdade, outro o fará. Obedece teu mestre espiritual. Está sendo grande ofensa não fazê-lo!“.
 

Deuses e Naves

Esses mitos ou histórias surgem em vários pontos do planeta.

Por exemplo, quando os conquistadores espanhóis chegaram ao Novo Mundo sob o comando de Pizarro, os indígenas chamaram-nos de viracochas, que na sua lembrança eram mestres gigantes de pele clara, barbudos, que desciam do céu em naves voadoras e que, quando foram embora, prometeram voltar. 

Os indígenas acreditaram estar vendo o retorno dos seus deuses e lhes deram seu ouro.

A mesma coisa aconteceu em algumas regiões do Tibete e Himalaia, quando os primeiros europeus chegaram. Os moradores locais os olhavam espantados, querendo saber por que vinham de baixo das montanhas, já que eles sempre vinham do alto.

Na América, os índios americanos falam dos pássaros do trovão (thunderbirds), que trouxeram o fogo e os frutos à Terra. Os maias os chamavam de popol vuh. Eles diziam que a Terra era redonda e tinha os quatro pontos cardeais, ou quatro olins, que hoje conhecemos.

Se alguém perguntar aos esquimós de onde eles se originam, vai ouvir a história de que há 10 mil anos seu povo vivia em um clima quente, que parece ser a Ásia Central de hoje. Eles dizem que foram deportados por uma águia gigante, voaram em grandes pássaros metálicos e passaram a viver no gelo. E os historiadores nos contam que eles vieram em pequenos barcos e remando. Acredite se quiser!

Na Índia, as tropas do conquistador Alexandre o Grande passaram por uma experiência terrível ao atacar uma cidade, pois seus habitantes, do alto dos muros, atiraram sobre eles trovões e relâmpagos. A história também nos conta que carruagens que voavam deram vôos rasantes por cima do exercito invasor, espantando seus cavalos e elefantes.
 
 Segundo os registros históricos, a cultura da Índia existe somente desde alguns séculos antes da expedição de Alexandre, em 327 a.C. Assim, as afirmações sobre a existência da cultura dezenas de milhares de anos antes dessa data levavam os historiadores a negar os registros épicos.

Mas isso mudou consideravelmente com a descoberta de cidades como Mohenjo-Daro (1) e Harappa. Com o tempo, outras escavações revelaram plantas urbanas semelhantes em Kot Diji, Kalibanga e Lothal.

Coincidentemente, os sítios arqueológicos têm grandes áreas desérticas em volta, apesar de mostrarem alto grau de desenvolvimento na agricultura, escrita e urbanismo. Lá se encontram esqueletos sem sepultamento, como se tivessem passado por uma grande catástrofe.

 
Guerra no Império

Vamos chamar essa cultura de Império Rama, contemporânea das grandes culturas ocidentais como a Atlântida, o antigo Egito pré-dinástico e a antiga Grécia. O grande Império Rama e a Atlântida travaram uma guerra quando os atlantes invadiram o território que se estendia do vale do Indo até o norte da Índia, Paquistão, Afeganistão, parte do Irã, Vietnã, Camboja e Coréia.

O Mahabharata e outros épicos indianos descrevem essa guerra e as armas utilizadas, como as grandes bolas de fogo que arrasavam uma cidade inteira, o famoso Olhar de Kapilla, responsável por incinerar 100 mil homens em segundos, lanças e flechas voadoras que destruíam “cidades inteiras com todas as suas fortalezas e armas”.
 
 
Naves de Shambhala


Outro livro milenar, o Kurma Purana, diz que havia no mar setentrional uma ilha chamada ilha branca, que era a morada dos antigos iogues. A literatura purânica descreve a ilha de Shambhala, situada em meio a um lago de néctar, com seus moradores de origem celeste e grande sabedoria. Para atingir essa ilha seria necessário ser “transportado pelas asas de um pássaro de ouro”.

Falar de tais desses veículos nos faz pensar em ficção científica e nos lembra a data em que essas tradições são situadas, bem antes que o mundo ocidental possuísse algo parecido.

Mencionar naves aéreas que se avistam até hoje na região parece igualmente fantasioso, mas o renomado explorador Nicholas Roerich nos conta que, em sua expedição de 1926, nas proximidades das montanhas de Karaboram, todos os integrantes viram subitamente no céu claro da manhã um vimana cintilando por cima da região desértica.

Seu vôo foi observado por três poderosos binóculos e, de repente, a nave mudou de rumo, de sul para sudoeste, desaparecendo por trás dos cumes cobertos de neve da cordilheira de Humboldt.

Em 1926 não tínhamos avião, balão ou qualquer engenho que pudesse sobrevoar essa isolada região da Ásia e somente máquinas voadoras desconhecidas teriam sido capazes de realizar as manobras aéreas descritas por Roerich.

Quando os lamas souberam da história disseram: “Está presente o sinal de Shambhala” (Heart of Asia, Roerich, 1930).

Também o inglês Frank Smyth, famoso alpinista, em sua expedição ao Monte Evereste, em 1933, viu dois objetos evoluindo no céu a nove mil metros de altura; um deles tinha asas espessas e o outro uma espécie de bico emitindo um halo em volta (auréola).

Poderíamos apresentar essas naves como vindo de Shambhala?

Conta-se no Tibete que no ano 331 d.C. governava o rei Tho-tho-ri, quando caiu do céu um cofre contendo alguns objetos sagrados, entre eles a pedra Chintamani, ou Norbu-Rinpoch, em tibetano (ler Sexto Sentido 11 e 18). A lenda se refere a um cavalo alado, ou lung-ta, que transportava a pedra preciosa do céu sobre o dorso, e pinturas da Idade Média descrevem o cavalo alado Pégaso com uma pedra brilhante nas costas, perpetuando o mito.

Narrativas antigas se referem a viagens aéreas de reis e lamas tibetanos, transportados através de enormes distâncias pelo cavalo sagrado lung-ta, que é designado como um mensageiro dos deuses capaz de atravessar todo o universo. Será esse cavalo voador também referência a uma nave espacial?

Com relação ao Egito, fala-se de referências a imagens de naves espaciais, como nas fotos veiculadas por um tal Dr. Ruth Hover e sua esposa – ele um eminente psicólogo e hipnólogo residente no Egito. Estudiosos dos templos e monumentos egípcios encontraram hieróglifos num templo em Abydos, que pertenceu ao Faraó Set I, num painel em uma seção de coluna bem perto da entrada. Eles estavam combinados com imagens que revelaram antigas aeronaves, digamos, bem parecidas com as modernas. Será mesmo verdade?

Após análises, o enigma se revelou como sendo inscrições colocadas em cima das mais antigas, resultando nessas imagens estranhas. Talvez nunca saibamos se são verdadeiras ou não as inscrições de Abydos.

Claro que a maioria dos historiadores e arqueólogos ainda rejeita essas explicações para o passado distante, pelo menos oficialmente. Mas não há dúvida de que as narrativas da Índia antiga apresentam sinais evidentes de que algo especial ocorreu há cerca de 12 mil anos, e descrições tão detalhadas como as apresentadas nos textos não podem ser simplesmente ignoradas ou tratadas como parte de uma mitologia, por mais rica e inventiva que seja.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Pistis Sophia - o livro

Pistis_Sophia_vol1





Pistis_Sophia_vol2 -  





Pistis_Sophia_vol3 -

GEMATRIA DE PISTIS SOPHIA

ANEXO 3 - do livro trad. Raul Branco

A gematria é um sistema criptográfico milenar em que as letras do alfabeto representam um valor numérico, sendo a somatória do valor das letras de uma palavra ou expressão o valor gemátrico que se relaciona com o significado de outras palavras ou expressões com o mesmo valor gemátrico.

A gematria de Pistis Sophia é baseada no alfabeto grego, cujo valor numérico é apresentado à seguir.

Note-se que os símbolos usados para os números seis, noventa e novecentos são exclusivamente numéricos e não fazem parte do alfabeto.



A gematria não é a atribuição de valores aleatórios a letras ou palavras, mas sim a expressão atemporal de relações entre conceitos e números. Estas relações devem ter sido levada em consideração pelos sábios que “inventaram” a língua e o alfabeto grego, sendo a chave desta criptografia transmitida a outros sábios, com o passar do tempo.

Sua utilização no texto de Pistis Sophia é baseada nas relações numerológicas intrínsecas às palavras da língua grega, sendo que algumas palavras foram deliberadamente desenvolvidas para adaptar-se à mensagem do texto.


 As relações gemátricas podem ser estabelecidas de diferentes maneiras.

A mais simples é por meio da soma do valor das palavras numa expressão, ou mesmo de palavras soltas.

Em alguns casos a relação é estabelecida com a recíproca do valor da palavra, ou seja, o valor de um dividido pelo valor da palavra, considerando-se os dígitos e não o valor decimal.

Finalmente, as relações podem ser estabelecidas através da multiplicação ou divisão, geralmente seguindo uma proporção numérica derivada de razões matemáticas com números inteiros (2, 3, 5, 7, 12, etc.) ou os assim chamados irracionais (Pi. √2, √3, etc.).

Alguns exemplos tornarão claro o alcance do sistema.
Vejamos primeiramente alguns exemplos de relações simples:

 
 

.
O nome de Jesus, obviamente serve-se a inúmeras relações gemátricas. Nosso objetivo neste anexo não é exaurir todas as relações possíveis, mas sim apresentar o escopo do sistema e alguns exemplos ilustrativos. Um importante exemplo, no caso de Jesus é:
.

.
O fundamento de toda a manifestação é que do UM gerou-se o TRÊS e deste o SETE.

O UM, em sua primeira etapa da manifestação torna-se o Logos, que pode ser simbolizado como o ponto central da manifestação.

A natureza tríplice do Logos oriunda da Fonte Una poderia ser representada como três triângulos equiláteros com um vértice comum central formando um hexágono.
Os seis vértices do hexágono, mais o ponto central resultam no SETE.

Este mesmo relacionamento pode ser derivado do cubo.
Partindo de um vértice, uma linha hipotética é traçada para cada um dos outros vértices. Esta figura, então, em projeção horizontal resultaria num hexágono, que representaria as seis relações visíveis, e uma oculta (o vértice oposto ao vértice inicial ordenador).

Um relação fundamental da gematria deriva-se do assim chamado “cubo de luz”.
Este é o cubo de 4 (43) igual a 64.
Este cubo pode ser imaginado como um cubo gerado a partir de um quadrado composto de quatro quadrados de valor unitário em cada lado.
 
Este megacubo, portanto, terá 64 pequeninos cubos, sendo 37 visíveis, equivalente à manifestação, e 27 invisíveis (o Imanifesto) que se encontram no interior do megacubo.



Diversas outras séries gemátricas podem ser formadas a partir de outras razões matemáticas. Uma série importante deriva-se do número de mistérios, representado pelas 24 letras do alfabeto.



Fim
  
 
 

quarta-feira, 16 de março de 2011

Hinduismo - Deuses e Deidades

Ao contrário do que a maioria pensa, a crença prevalecente do Hinduísmo é que há apenas uma única deidade Suprema e Absoluta, chamada Brahman.

Brahman - (termo neutro) é a Raiz Suprema, Imutável, Pura, Livre, Incorruptível, sendo a Verdadeira Existência Una
a Essência da Vida e Luz do Universo..
de onde emana

Brahmâ - o Criador , a Potência Masculino-Feninimo que se expande no Universo Manifestado.
O Universo vive em Brahmâ, dele procede e a ela voltará
porque Brahman - o não manifestado
é aquele Universo in abscondito
e Brahmâ - o manifestado é o Logos macho-femea.


Dizem os Hindus que o Universo é Braman e Brahmâ
porque Braman está em todo átomo do Universo,
sendo que os seis princípios da Natureza
são a expressão ou aspectos vários e diferenciados do
Sétimo e Uno Principio que é Brahman

e

Brahmâ - é o 6° Princípio - o veículo de Brahman
no plano da manifestação e da forma
ocasionando todas as permutações psíquicas, espirituais e físicas

O termo Brahmâ - o Criador
deriva da raiz "brid" - crescer, expandir
Daí que ao expandir-se Brahmâ se converte no Universo
tecido de sua própria substância...

A mesma idéia foi traduzida por Goethe nos seguintes versos:


"Assim no estrepidante tear do Tempo
eu trabalho
Tecendo para Deus a veste
com que hás de ver."


Contudo, o Hinduísmo está normalmente associado com uma multiplicidade de formas de adoração a Deus, e não dá preferência para uma forma particular por sobre outra.

As formas de deuses e deusas no Hinduísmo são milhares, e sempre representam os múltiplos aspectos do Brahman.

Todos os inumeráveis nomes e formas de Brahman constituem o que é conhecido no Ocidente como politeísmo, mas Deus é somente um e um só. De modo semelhante como Nossa Senhora tem muitos nomes e atributos no Cristianismo Católico, e mesmo assim é a única e a mesma, assim também é a forma como um hindu vê Deus.

As mais famosas formas das Deidades Hindus é, sem dúvida, a Trimurti (também conhecida como trindade Hindu), onde está
Brahmâ, o criador;
Vishnu, o conservador, e
Shiva, o transformador ou destruidor.

Também é possível encontrar Hindus que adoram os espíritos de arvores e animais.

As Deidades são representadas por uma enormidade e complexidade de imagens e ídolos, simbolizando o pode Divino. Muitos destes ídolos estão alojados em templos de incomparável beleza e grandiosidade da Índia, mas a grande maioria está nas casas das pessoas, e são simples e belamente adorados.


Vishnu


VISHNU, representa SATTVAGUNA, o modo da bondade, e é responsável pela sustentação, proteção, e manutenção do universo.

VISHNU é a fonte original de todos os Avatares e deuses. Ele está Presente em cada átomo da criação, bem como no coração de todos os seres.

A palavra Vishnu significa "aquele que tudo penetra", ou "aquele que tudo impregna".




É apresentado de duas formas principais:

Deitado em uma serpente de mil cabeças, flutuando num oceano de leite.

Neste caso é chamado de Narayana, aquele que mora nas águas cósmicas.
De seu umbigo sai um lótus onde está Brahma, o criador.
A seus pés está Lakshmi, representando a beleza e a riqueza 
que devem se curvar diante do Absoluto.
Envolvendo o lótus está uma serpente, Shesha, ou Ananta, 
que simboliza a eternidade.
Ela possui mil cabeças voltadas para o Senhor Vishnu, representando o ego
com seus mil desejos e pensamentos que reconhecem o Absoluto.

Vishnu é representado também em pé, sobre um lótus ou uma serpente.

Representa o sábio indicando a busca do conhecimento.

Apresenta quatro braços,
tendo em cada mão

um lótus - o conhecimento que sustenta a pureza da mente,
um disco - a destruição da ignorância e dos apegos,
uma concha - a origem da existência, os cinco elementos
uma arma, a massa - o poder do conhecimento, o poder do tempo.

Como preservador do cosmos, Vishnu mantém as leis do universo.

Enquanto a ordem prevalece no universo, Vishnu dorme.

Mas quando há desequilíbrio no universo, Vishnu se utiliza de seu veículo, Garuda, e guerreia com as forças do caos, ou ele envia um de seus avatares (ou encarnações) para salvar o mundo.

Acredita-se que Vishnu teria dez avatares, sendo os mais populares Rama e Krishna. A lista completa dos dez avatares é a seguinte:

1. O peixe Matsya
2. A tartaruga Kurma
3. O urso Varaha
4. O homem-leão Narasimha
5. O anão Vamana
6. O padre guerreiro Parashurama
7. O príncipe Rama
8. O pastor de animais Krishna
9. Buddha-Mayamoha
10. O cavaleiro Kalki


Sua Shakti, ou seja, seu aspecto feminino, sua consorte é Lakshmi, deusa da prosperidade, riqueza e da beleza.
 
 
 

Lakshmi


A deusa da fortuna, fonte de toda a fartura, beleza e saúde neste universo. Ela é a esposa de Vishnu – o sustentador do Universo.

Lakshmi é o principal símbolo da potência feminina, e pode ser reconhecida por sua eterna juventude e formosura.




Ela sempre pode ser vista sentada sobre uma flor de lótus ou portando em mãos flores de lótus, e um cântaro que jorra moedas de ouro.

As lendas dizem que ela surgiu de uma colossal tarefa cósmica entre os principais líderes do bem e do mal, e quando ela apareceu, todas as grandes personalidades presentes perderam a compostura, devido a sua enorme refulgência atrativa e ofereceram tudo que tinham de melhor para tentar conquistá-la.

No entanto, Lakshmi examinou minuciosamente cada um deles e não pode encontrar nenhum naturalmente dotado com todas as boas qualidades.

Assim, como ninguém era internamente desprovido de imperfeições, ela preferiu Vishnu como seu esposo, que está além da matéria, e portanto livre de defeitos.


Geralmente , atribui-se a Lakshimi o símbolo da Suástica, que representa vitória e sucesso. Representa a riqueza, beleza ou fartura

É a parte feminina de VISHNU, o Conservador.

A graça de Deus está personificada em Lakshmi, que é eterna e onipresente.

Na Índia, quando alguém enriquece, se diz que Lakshmi foi visitá-lo, pois ela concede prosperidade e fartura aos homens.

Lakshmi atua, também, na beleza e no amor.
É a Deusa da fertilidade. 

Em uma das mãos posicionada no mudra ABHAYA que diz "Não tenhas medo".
Nos protege.

A outra mão posicionada no mudra VARADA (com os dedos para baixo) nos concede graça e prosperidade.

Segura uma flor de Lótus e senta-se nela, enfatizando a importância da vida pura sem a qual a prosperidade e a graça são como uma concha vazia.

A Flor de Lótus simboliza também a transcendência do espírito sobre a matéria.
O Elo que une a Terra ao Cosmos.


Vishnu e Lakshimi
e a serpente de mil cabeças, flutuando num oceano de leite
 







Sri Shiva Mahadeva

Junto com o Senhor Vishnu e com Devi – esposa de Shiva, Shiva, ou Siva, ou Maha-deva, é um das mais populares deidades no Hinduísmo dos dias de Hoje, apesar de Shiva não aparecer nos clássicos Vedas.

Suas raízes podem ser encontradas junto com o Senhor Rudra – o predecessor de Shiva nos Vedas

Como os outros grandes deuses Hindus, Shiva, cujo nome significa “alguém auspicioso”, é adorado de muitas e muitas formas, bem como por muitos nomes.

Uma vez que o Hinduísmo se espalhou para o subcontinente indiano, as deidades locais e tradicionais foram assimilando e tomando vários aspectos deste Deva.

Algumas das formas de Shiva são:


Dakshinamurti

.
Uma das formas mais populares do Senhor Shiva, como o Supremo Yogi em profunda meditação no Senhor Supremo, Vishnu ou Krishna, é a que Ele se encontra meditando no monte Kailasha, Sua morada nesta Terra, que fica no alto do Himalaia.

Ele é representado como um Sadhu (homem santo) renunciado, coberto com uma tanga, com o cabelo enroscado e amarrado no alto da cabeça. Ele veste uma guirlanda de serpentes Najas, e o rio Ganga (Ganges), flui do alto do seu coque.

Por detrás d’Ele nós vemos Seu fiel companheiro, o búfalo Nandi.

As serpentes - 
tal como aparecem nos sítios arqueológicos nas Américas... - que sempre aparecem em volta dos braços, pernas, cabeça e como colares... nesses deuses simbolizam a Sabedoria... 


Nataraja

A parte importante de Shiva na Trimurti é a destruição no mundo material após um ciclo de criação, Ele representa a visão cíclica do tempo conforme a visão do Hinduísmo.

É o Dançarino Cósmico – é o deus da criação e destruição, que sustenta através de sua dança, o ritmo interminável do Universo

A palavra sânscrita “nataraja” significa Rei (raja) do Dançarinos (nata). “o rei da dança”; e nesta forma diz respeito a dança da transformação ou da destruição, no fim de um ciclo, protagonizada pelo Senhor Shiva, fazendo, assim, o movimento eterno do universo.

Como sua dança, toda a criação se move de várias formas.

Quando a dança termina, o universo chega a um fim. 




A dança de Shiva simboliza não apenas os ciclos cósmicos de criação e destruição, mas também o ritmo diário de nascimento e morte, visto no misticismo indiano como a base da existência.

Ao mesmo tempo Shiva nos lembra que as várias formas do Mundo são Maya – não fundamentais mas em permanente mudança, portanto, ilusórias... e, na medida que segue criando-as e dissolvendo-as no fluxo incessante de sua dança que é na verdade, a contínua criação-destruição do Universo, a morte equilibrando exatamente o nascimento, o aniquilamento como o fim de tudo aquilo que veio à existência – por isso as coisas são consideradas Maya ou ilusórias...

Na crença hindu, todas as vidas são parte de um grande processo rítmico de criação e destruição, de morte e renascimento e a dança de Shiva simboliza esse eterno ritmo de vida-morte que se desdobra em ciclos intermináveis.


Nas palavras de Ananda Coomaraswamy
em seu livro “The Dance of Shiva” – Nova York - 1969:

“Na noite de Brahman, a natureza acha-se inerte e não se pode dançar até que Shiva o determine:

ele se ergue dançando de Seu êxtase e, dançando, envia através da matéria inerte ondas vibratórias do som que desperta e, vede!, a matéria também dança, aparecendo como uma glória que circunda.

Dançando, Ele sustenta seus fenômenos multiformes.
Na plenitude do Tempo, dançando ainda, Ele destrói as formas e nomes pelo fogo e lhes concede novo repouso.

Isto é poesia e, contudo, também é ciência.”



Ele representa o eterno movimento do universo que foi impulsionado pelo ritmo do tambor e da dança. Apesar de seus movimentos serem dinâmicos, como mostram seus cabelos esvoaçantes, Shiva Nataraja permanece com seus olhos parados, olhando internamente, em atitude meditativa.

Ele não se envolve com a dança do universo pois sabe que ela não é permanente. Como um yogue, ele se fixa em sua própria natureza, seu ser interior, que é perene.




Em uma das mãos, Shiva Nataraja segura o Damaru, 



DAMARU
O tambor em forma de ampulheta representa o som da criação do universo.
 
e representa o masculino e feminino da criação, juntos numa mesma peça;
com o qual marca o ritmo cósmico e o fluir do tempo.

Segundo a mitologia, enquanto Shiva tocar o damaru o universo continuará existindo.

Na outra mão, traz uma chama, símbolo da transformação e da destruição de tudo que é ilusório.

As outras duas mãos, encontram-se em gestos específicos.
A direita, cuja palma está a mostra, representa um gesto de proteção e bênçãos - abhaya mudrá.
A esquerda representa a tromba de um elefante, aquele que destrói os obstáculos, o qual refere-se à força,



Siva dança sobre um anão, que representa a ignorância.

e a sua perna livre simboliza a liberação.

ao seu redor está uma roda de fogo, que representa o poder da renovação.

As chamas que o rodeiam, também, dizem respeito à energia pura, e o sagrado Mantra OM .

OM ou Aum
é o mais importante símbolo religioso do hinduísmo,
e significa o Espírito Cósmico.


No hinduísmo, o universo brota da sílaba OM.

É interessante comparar essa afirmação com a conhecido prólogo do Evangelho de São João: "No princípio era o Verbo (a sílaba, o som). E o Verbo era Deus. (...) Tudo foi feito por Ele (o Verbo) e sem Ele nada se fez."

É com o som do Damaru que Shiva marca o ritmo do universo e o compasso de sua dança.

As vezes, ele deixa de tocar por um instante, para ajustar o som do tambor ou para achar um ritmo melhor e, então, todo o universo se desfaz e só reaparece quando a música recomeça.








Lord Ganesha

Ganesha é o primeiro filho de Shiva e Parvati,

Senhor ou "senhor dos obstáculos," seu nome é também escrito como Ganesa e Ganesh, e é uma das mais conhecidas e veneradas representações de deus.

. 'Ga' simboliza Buddhi (intelecto) e
'Na' simboliza Vijnana (sabedoria).

Ganesha é então considerado o mestre do intelecto e da sabedoria.

Ele é representado como uma divindade amarela ou vermelha,
com uma grande barriga, quatro braços e a cabeça de elefante com uma única presa, montado em um rato.

É habitualmente representado sentado, com uma perna levantada e curvada por cima da outra.
Tipicamente seu nome é prefixado com o título Hindu de respeito 'Shri' ou Sri.



Ganesha é o símbolo das soluções lógicas, e deve ser interpretado como tal.

Seu corpo é humano enquanto que a cabeça é de um elefante,
e ao mesmo tempo, seu transporte (vahana) é um rato.

Desta forma Ganesha representa uma solução lógica para os problemas,
ou "Destruidor de Obstáculos".
 
 
Sua consorte é Buddhi (um sinônimo de mente) e ele é adorado junto de Lakshmi (a deusa da abundância) pelos mercadores e homens de negócio.

A razão sendo a solução lógica para os problemas e a prosperidade são inseparáveis.
 


Ganesha é também um arquétipo cheio de múltiplos sentidos e simbolismo que expressa um estado de perfeição assim como os meios de obtê-la.

Ganesha, de fato, é o símbolo daquele que descobriu a Divindade dentro de si mesmo.

Ganesha é o som primordial, OM, do qual todos os hinos nasceram.
Quando Shakti (Energia) e Shiva (Matéria) se encontram,
o Som (Ganesha) e a Luz (Skanda) nascem.

Ele representa o perfeito equilíbrio entre força e bondade, poder e beleza.
Ele também simboliza as capacidades discriminativas que provê a habilidade de perceber a distinção entre verdade e ilusão, o real e o irreal.

 
Cada elemento da imagem de Ganesha tem seu próprio valor e seu próprio significado simbólico:


• A cabeça de elefante indica fidelidade, inteligência e poder discriminatório;
• O fato dele ter apenas uma única presa (a outra estando quebrada) indica a habilidade de Ganesha de superar todas as formas de dualismo;
• As orelhas abertas denotam sabedoria, habilidade de escutar pessoas que procuram ajuda e para refletir verdades espirituais. Elas simbolizam a importância de escutar para poder assimilar ideias. Orelhas são usadas para ganhar conhecimento. As grandes orelhas indicam que quando Deus é conhecido, todo conhecimento também é;
• A tromba curvada indica as potencialidades intelectuais que se manifestam na faculdade de discriminação entre o real e o irreal;
• Na testa, o Trishula (arma de Shiva, similar a um Tridente) é desenhado, simbolizando o tempo (passado, presente e futuro) e a superioridade de Ganesha sobre ele;
• A barriga de Ganesha contém infinitos universos. Ela simboliza a benevolência da natureza e equanimidade, a habilidade de Ganesha de sugar os sofrimentos do Universo e proteger o mundo;
• A posição de suas pernas (uma descansando no chão e a outra em pé) indica a importância da vivência e participação no mundo material assim como no mundo espiritual, a habilidade de viver no mundo sem ser do mundo.


 • Os quatro braços de Ganesha representam os quatro atributos do corpo sutil, que são:

mente (Manas),
intelecto (Buddhi),
ego (Ahamkara),
e consciência condicionada (Chitta).

O Senhor Ganesha representa a pura consciência - o Atman - que permite que estes quatro atributos funcionem em nós;

- A mão segurando uma machadinha, é um símbolo da restrição de todos os desejos, que trazem dor e sofrimento. Com esta machadinha Ganesha pode repelir e destruir os obstáculos. A machadinha é também para levar o homem para o caminho da verdade e da retidão;

- A 2° mão segura um chicote, símbolo da força que leva o devoto para a eterna beatitude de Deus. O chicote nos fala que os apegos mundanos e desejos devem ser deixados de lado;

- A 3° mão, que está em direção ao devoto, está em uma pose de bênçãos, refúgio e proteção (abhaya);

- A 4° mão segura uma flor de lótus (padma), e ela simboliza o mais alto objetivo da evolução humana, a realização do seu verdadeiro eu.

O Senhor cuja forma é Om

Ganesha é também definido como Omkara ou Aumkara, 
que significa "tendo a forma de Om ou Aum.
De fato, a forma do seu corpo é uma cópia do traçado da letra OM do alfabeto Devanagari* - de deva "divindade" e nagari "urbana": "[escrita] urbana dos deuses"  
 
 
 
*O devanágari (देवनागरी, devanāgarī, de deva "divindade" e nagari "urbana": "[escrita] urbana dos deuses") é um abugida (escrita alfabeto-silábica) da família brâmica, do sul da Ásia, usada desde o século XII. Muitas línguas da Índia, como o híndi, o sânscrito, o marata, o caxemira, o sindi, o biari, o bhili, o concani, o bhojpuri e o nepalês, usam o devanágari. É escrito e lido da esquerda para a direita.




Por causa disso, Ganesha é considerado a encarnação corporal do Cosmos inteiro,
Ele que está na base de todo o mundo fenomenal (Vishvadhara,Jagadoddhara).

Além disso, na Linguagem Tamil, a sílaba sagrada é indicada precisamente por uma letra que relembra o formato da cabeça de Ganesha.

......................................



Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...