domingo, 18 de novembro de 2007

4 - Alquimia


Surge na mesma época do Cristianismo – por volta do século II dC. E atravessa a Idade Média, chegando até a Idade Moderna.

Como todos os sistemas herméticos, a Alquimia sempre foi envolta em mistério, imaginamos os antigos alquimistas em laboratórios cheios de livros, e materiais semelhantes aos de um laboratório de química. Com certeza a Alquimia é a mãe da Química, da mesma forma que a Astrologia é a mãe da Astronomia.

Todos parecem já ter ouvido do objetivo dos alquimistas em transformar chumbo em ouro, e de tentarem fabricar o elixir da vida.

Como todas as filosofias e doutrinas secretas, a Alquimia é repleta de simbolismos, e, em termos gerais podemos definir a obra alquímica como sendo a busca e a reconstituição da pureza original, ou seja, a separação da centelha divina – o espírito ou alma – da matéria bruta, sendo, portanto, uma busca da Unidade Primordial, ou Deus.

O Opus é a obra alquímica, e é comparado à Obra da Criação, uma imitação ou repetição, e consiste na produção do Lápis Philosophorun – ou Pedra Filosofal. O estágio pré-temporal corresponde ao caos – a massa confusa ou nigredo (negro), que graças ao Opus, produz-se o albedo ou debaltio (embranqueci mento), que por sua vez é comparado ora com a Lua Cheia ora com o nascer do Sol, significando também, o alargamento da consciência e a Iluminação.

O Lápis Philosophorum é o arcano que contém Deus, ou aquela parte de Deus escondido na matéria. Sua produção, se podemos assim resumir processo tão complexo, seria a unificação dos quatro elementos – terra, fogo, ar, e água, ou os quatro elementos do homem – corpo, alma, mente e espírito, de modo que dentro de um processo alquímico, esses elementos unificados, possam assim restabelecer a Unidade Primordial – o Uno ou o Homem Completo e semelhante a Deus – o Adão Primordial.

Provavelmente daí vem a idéia de que a Pedra Filosofal e o Elixir da Vida, poderiam conter poderes mágicos de cura e longevidade, o que não é de todo absurdo, se considerarmos que a conquista da Pedra Filosofal signifique a conquista do Homem Pleno e Completo, tal qual foi designado a ser no momento de sua criação.

Os Alquimistas relacionam o Lápis Philosophorum com Cristo, a perfeição e a unidade ideal.

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